Como dito anteriormente, existem graus diversos de autismo, o que vai também interferir na forma como o autista vai se comportar diante de diversas situações. Nos casos de graus mais severos, o autista é praticamente não verbal (fala muito pouco, quase nada) e talvez seja dependente até depois de adulto, e há os graus moderados e leves, esses já conseguem se comunicar verbalmente e tem grande possibilidade de serem adultos independentes. 

 

Apesar dessas informações, os estudos sobre autismo são na verdade bem recentes, tendo tido suas primeiras definições formais em 1978 (quando o psiquiatra Michael Rutter definiu o autismo como distúrbio no desenvolvimento cognitivo e estabeleceu critérios). Desde 2013 o autismo e outras desordens foram agrupadas em uma única classificação, TEA, sigla para Transtorno do espectro autista. Há três características que fazem os problemas neurológicos serem classificados como parte desse espectro ou não, são elas: 

 

1 - Ter dificuldade verbal por não ter domínio da linguagem e dificuldade no uso da criatividade (para jogos simbólicos, por exemplo) 

 

2 - Dificuldade de socialização 

 

3 - E padrão de comportamento repetitivo e restrito

 

Antes da denominação TEA, todas as desordens eram vistas e entendidas separadamente (como, por exemplo, a Síndrome de Asperger) mas após estudos, foram todas agrupadas em um só espectro e consideradas apenas graus diferentes de uma mesma desordem. A denominação espectro se dá por essas desordens se manifestarem de formas muito diferentes uma das outras, porque então foram agrupadas como uma coisa só? Porque apesar da forma como se manifestam e do grau (do mais leve ao mais grave) todas apresentam restrição nos mesmos pontos - dificuldade na comunicação e nos relacionamentos sociais.    

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Como os estudos e descobertas acerca do assunto são bem recentes, muitas questões estão sendo mudadas só agora. Um exemplo disso é o diagnóstico, há alguns anos atrás o autismo era considerado um problema raro que afetava uma a cada 2 mil crianças, após a definição do TEA ficou claro que os casos de autismo são bem mais frequentes do que se afirmava. Hoje estima-se que uma a cada cem crianças estão enquadradas no espectro do autismo, podendo ser um número ainda maior. O transtorno se firma ainda nos primeiros anos de vida da criança (nos primeiros três anos), quando os neurônios responsáveis pela comunicação e relacionamento social param de estabelecer as conexões necessárias. 

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Ainda não há estudos que comprovem a causa (ou causas) do autismo, mas acredita-se que várias questões podem afetar um indivíduo em formação, como fatores genéticos, biológicos e ambientais, mas nada foi comprovado e ainda não se chegou a uma conclusão. Por não ter causa definida, o autismo é um transtorno sem cura. É importante ressaltar que também não há um único tratamento que sirva para todos os casos de autismo, pois para os portadores de TEA, cada caso é realmente um caso, o que pode funcionar com uma criança autista pode não adiantar de nada para outra. Em cada pessoa o autismo se apresenta e acontece de uma forma, o que impossibilita que o transtorno tenha um mesmo tratamento em todos os casos. 

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